Há trabalho que desgasta e arrasta até ao cansaço mais cansado do ser humano. Mas esse cansaço só é cansado se não trouxer com ele uma profunda aprendizagem emocional do mundo. Muito mundo escondido debaixo de cada olheira ou arrastar de pés. É este o propósito da felicidade. “Exaustas-te”, “olheiras-te”, “irritas-te”, “partilhas-te”, emocionas-te! Vestes-te de mundo!!! Morro mas cansar-me-ei todas as vezes que a vida me deixar. hf
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domingo, 1 de abril de 2018
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
As Pernas das mesas
Debaixo da mesa ficam as pernas, as pernas têm dentro delas os passos que damos durante o dia. Alguns passos pesam muito e arrastam as dores do destino do caminho e/ou as alegrias das chegadas ansiadas. Umas vezes são alegrias outras são fardos pesados. Debaixo da mesa estão as respostas. Helena Francisco
As fugas
Sair pela janela é mais difícil do que sair pela porta. A janela facilita as saídas não convencionais e incertas. Umas vezes deixam sair as pessoas e as coisas, outras vezes não porque são muito altas. A vida também é assim... as saídas nunca são certas e nem sempre se fazem pela porta.
Helena Franciscoquinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
(Imagem de Arlindo Silva) texto meu depois dos choques 😷
A lua nunca disse ao sol que as pessoas choram à noite e que à noite as crianças também dormem.
A lua nunca disse ao sol que alimenta a mágoa e a angústia das pessoas, quando elas choram à noite.
A lua nunca disse ao sol que nunca ouviu o choro nem as gargalhadas das crianças e que à noite nem sempre as alimenta em doses iguais.
Mas o sol também nunca disse à lua que as pessoas uns dias sobem montanhas, outros descem e outros caem de repente e nunca sabem quando se vão levantar, às vezes levantam-se mas jamais será igual. À noite as pessoas não sobem montanhas…
O sol também nunca disse à lua que alimenta, em modo ligth, os problemas das pessoas quando elas choram de dia e que as crianças também choram e riem em doses desiguais.
Tenho pena que a lua e o sol não sejam enfermeiros para poderem fazer a passagem de turno com as referências dos doentes que vão deixar, antes de irem para casa subir montanhas ou chorar à noite!
O sol não sabe que o seu brilho inebria e por vezes engana, qual paracetamol… mas a lua também não sabe que o seu mistério empolga, engorda e alimenta a dor, qual alucinogénio …
As vezes somos lua outras sol … acho que nunca seremos LOL !!!!! (Também acho que os choque elétricos me poderão ter afetado seriamente...)😭 hf
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
O meu sítio!
Foi tempo de calor, de despir a roupa do corpo e abrir a janela da alma para deixar entrar o sol.
Ver o mar, deitar no banco na aldeia, olhar para as estrelas e para o céu e achar que o céu é o mar de cabeça para baixo … é ter tempo …ter tempo de imaginar o que quisermos aí, nesse banco, deitados a olhar só para o céu.
Foi tempo de despir, também, a casa de todo o mofo acumulado durante o inverno… cheirou a sol e a pó distante… substituiram-se cheiros de inverno por odores quentes , frutados, doces, a relva cortada e terra molhada dos expressores que disparam na calada da noite, quebrando o silencio que nos embala a dificuldade, quente, de respirar.
Estou habituada a verões quentes e não gosto... mas gosto do sabor a tempo de descanso, não gosto do calor do verão.
Um dia vou gostar … os gostos são como as estações do ano, vão e vêm quando a vida quer… um dia vou gostar do verão na minha terra, assim como comecei a gostar de queijo fresco. Não mandamos nos gostos a vida é que manda.
Este ano o verão esmerou-se, voltou como antigamente, cheio de força. Chegou, pousou as malas e cumpriu a sua missão como há muito não cumpria. Ouve-se dizer, “ nuca houve verão como este” . Eu compreendo bem esta expressão, foi seco, árido, quente como só ele sabe ser. Dono da estação, guerreiro de armas em punho afugentando qualquer sopro ou frente fria que se atrevesse aproximar… este ano mando eu (deve ter pensado o verão!!!). Veio e foi deixando uma enxurrada de boas memorias vividas com quem muito gostamos. Para o ano há mais verão. Sejam felizes na estação que se avizinha que também, ela, virá carregada de pequenos nadas que a tornarão igualmente bela. hf
Ano Letivo novo! texto de 2014/2'15
Hoje começou o novo ano letivo para nós professores e escrevo este texto para todos aqueles...
Para todos aqueles que, tal como eu, a partir de uma certa altura sentiram um puxão no tapete debaixo dos pés…
Para todos aqueles que, tal com eu, sentiram escorregar por entre os 5 sentidos uma coisa chamada segurança profissional que foi prometida e conquistada por direito, preservada com dedicação, empenho, prazer e profissionalismo…
Para todos aqueles que tal como eu chegaram a uma fase da existência, achando que poderiam garantir a continuidade do projeto de vida que planearam porque assim lhes foi permitido planear…
Para todos aqueles que tal como eu, ouve frases como “ agora é um ano de cada vez” “agora temos de agradecer por termos emprego”, “ai agora não podem ser ingratos” …
Para todos aqueles que, tal como eu, se sentem revoltados por ter de agradecer um direito que lhes foi dado por mérito, trabalho dedicação e investimento pessoal. Agradecer? Agradecer o quê? Termos trabalhado seriamente, passado as provas arduamente, enfrentando barreiras diárias, dando o melhor que temos para dar a acreditar que esse direito que conquistamos seria vitalício?
Para todos aqueles que, tal como eu, se sentem como qualquer miúdo de 20 anos que começa agora a sua carreira profissional sujeita aquilo que poderão oferecer e pior que isso, só se for possível haver alguma coisa para oferecer…
Tiro o Chapéu aos Diretores de escolas que, tal como a minha, fazem o pino para poder garantir alguma qualidade de vida aos seus professores, por se preocuparem por recuperar um horário, um cargo, um trabalho que foi “ROUBADO” e que fazem o possível por contornar as barbaridades que lhes são impostas e as pressões que sofrem como aquela : “ Câmaras oferecem dinheiro às escolas que reduzirem ao máximo o número de professores” …
Por todos aqueles que, tal como eu, SÃO professores do quadro do agrupamento de escolas há mais de 19 anos e que agora já não sabem se são isso, ou se são apenas lixo pronto para despejar no balde mais próximo…
Para todos aqueles que, tal com eu, vão ver entrar em vigor leis que nos obrigarão a fazer escolhas terríveis e no escuro… sem saber se o dia de amanhã trará aquilo que por direito já não deveria ser questionado!
A meu ver e na minha básica opinião, as mudanças estruturais nos sistemas ( neste caso no ensino) começariam por fazer-se naquilo que vem de novo, não retirando e mexendo em projetos de vida já construídos e em marcha. Assim, deste modo, não vejo melhorias, as pessoas não produzem, as pessoas não consomem , as pessoas não tem sequer vontade de dar o” tal melhor de si” e passar tudo o que de bom um professor tem por competência fazer …. Os piores exemplos estão a ser dados. Poderemos vir a ser um país de gente mais medíocre ainda… é assustador.
Ahh mas sim, estou AGRADECIDA sim!!!!… não por ter o MEU trabalho, esse é MEU por direito… mas sim, por ter tido QUEM lutasse para que eu não o perdesse. Essa gratidão é genuína porque, afinal, a insensibilidade do nosso governo é colmatada por aqueles que podem AINDA ir fazendo alguma coisa, perdendo o sono, tentado encontrar soluções enquanto nós estamos ao sol, gozando as merecidas férias.
“ Um ano de cada vez… ”. A frase mais estúpida e injusta que pensei proferir na minha vida!!!
sábado, 17 de março de 2012
Caminhando....
Andei,
andei, fiz e refiz, li e reli mas a única coisa que consigo sentir, neste
momento, é vazio e a sensação de que ainda não posso fazer nada porque o estigma
de que tenho de fazer ainda continua ativado. Gostava de o desligar. de vez!….
...Fazer um trabalho de investigação não é uma tarefa simples, de todo. Comparo esta caminhada com um percurso de automóvel muito longo, atravessando uma gigante planície com o depósito provido de gasolina para palmilhar uma, bela, série de quilómetros. A travessia desse caminho não permite, inicialmente, perceber a distância a que nos encontramos da meta ….
Imaginei-me nessa estrada sob o calor tórrido de um dia de verão. Iniciei a minha viagem fresca e cheia de vontade de pegar no carro e seguir em frente, vislumbrando um momento apenas … a chegada. Com o objetivo centrado na meta estava longe de imaginar o caminho que tinha pela frente, sim porque impossível seria imagina-lo, uma vez que nunca o fizera antes…
E assim, com este estado de espirito dei inicio à minha viagem.
Janela aberta segui um bom par de quilómetros até as costas darem os primeiros sinais de, “pára um bocadinho que estás a precisar”. Cheia de animo fiz uma paragem breve pois não queria perder tempo. Dei duas voltas ao carro para desenferrujar as pernas enquanto fumava um cigarro e num instante fiquei pronta para arrancar. Continuei mais uma enfiada de quilómetros sentada na mesma posição e com o mesmo objetivo. A dada altura o meu corpo e a minha mente impuseram-se e mandaram-me parar por um tempo mais prolongado. A noite aproximava-se e já não me deixavam continuar. É preciso fechar os olhos e dormir. Mas esse sono, nesse dia, não foi tranquilo, foi irrequieto e pouco confortável, falta-me o conforto das rotinas que deixei para trás. Mas ainda assim dormi e acordei obstinada por seguir viagem. Afinal não é ali a minha meta.!Fui em frente com mais energia que no final do dia anterior, mas com menos que no dia antes do dia anterior. Continuei a viagem e esta rotina instalou-se por vários dias e perdi a noção da quantidade de quilómetros que ainda me faltava percorrer, assim como, dos que já tinha percorrido. Uma leve sensação de desespero surgiu quando ao fim destes dias me deparei com uma encruzilhada ali no meio do nada... E agora? Vou em frente, viro à esquerda? Bolas e agora? Estou cansada e não sei que direção tomar!… ainda por cima não há rede, o que faço? Tenho de decidir e decidi, vou para a direita parece-me, sabe-se lá porquê, que será mais sensato… vamos confirmar com o mapa.. uiiii não encontro o mapa e como não sei, ao certo, onde estou não me serve de muito! Mas ainda assim arrisquei…. Insegura segui o caminho que me pareceu mais correto….. Algumas horas depois passa por mim um carro e alguém com um sorriso amistoso e tranquilo sorriu e acenou-me com a cabeça e … aquela simpatia ajudou-me a seguir em frente, mais ainda, quando perguntei se estaria no caminho certo e me confirmou dizendo “ acho que sim, continue”. Fiquei tão feliz que segui respirando fundo com uma estranha sensação de alívio fazendo querer que a energia inicial da viagem houvera voltado…
Lá segui e lá me deparei, inúmeras vezes, com encruzilhadas. Aleatoriamente fui escolhendo caminhos à medida que se cruzavam no meu percurso. De vez em quando outros rostos sorridentes, amistosos e tranquilos passavam por mim e acenavam com a cabeça, mas o cansaço começava a pesar. As noites desconfortáveis e intranquilas sobrepunham-se, em catadupa, e cada vez mais ansiava o final do percurso... neste momento só, e apenas, com o objetivo de descansar e tomar um duche relaxante. Alturas houve em que o calor e a dor nas pernas daquele movimento repetitivo do acelerador era tão grande que a vontade de voltar para trás começava a ser cada vez mais real… mas se não sei onde estou como poderei ponderar voltar atrás? Já que cheguei aqui o melhor é seguir em frente… segui em frente e a muito custo fui avançando graças à amabilidade dos escasso condutores que se cruzavam comigo. Alguns davam-me água quando a sede apertava e as minhas reservas há muito tinham chegado ao fim… sentia-me cansada, esgotada, transpirada e com a roupa suja e pespegada de pó. O meu cérebro já só em delírio vislumbrava o caminho que tinha deixado para trás e como que em sonho imaginava o que iria encontrar no final. Entre esses momentos de delírio e sonho surgiam momentos de lucidez que me permitiam pensar, “já falta pouco, já não devo estar longe depois de tantos kilometros percorridos já devo estar mesmo a chegar…”
Perdida na imensidão dessa viagem eis que me surge, a dada altura, alguém que me sorriu amavelmente à semelhança dos anteriores condutores. Mas desta vez, este alguém falou.. era alguém sábio que me levou consigo para debaixo de uma árvore solitária e pela primeira vez, depois de muito andar, senti a leveza de uma brisa, fresca, com cheiro a erva molhada e que me incitou na memória uma perfeita sensação de paz, aquela paz que há muito havia perdido. As palavras sabias foram poucas “não desista, o caminho esta certo, ainda faltam alguns quilómetros mas se forem bem conduzidos a sua meta será alcançada brevemente, avance sem medo. Mesmo na reta final e apenas por estar muito cansada, irá pensar que pequenos obstáculos do caminho são montanhas intransponíveis… mas nessa altura lembre-se desta conversa e imediatamente essas montanhas se transformarão em pó. Esse pó será, apenas, mais uma serie de partículas, dessas muitas, que a sua roupa suja acumula e que terá de lavar no final da caminhada.
Foi bem verdade o que disse o sábio… o restante caminho foi difícil, a insegurança ainda a reinar, os obstáculos a surgir. À medida que ia chegando, a sensação de obstáculos intransponíveis ia crescendo e quase derrubava todos os conselhos do Sábio. Tudo nesta altura era uma certeza não absoluta…já sem folego, doente de cansaço e sem força para carregar no acelerador comecei a vislumbrar umas torres de betão, minúsculas, que iam aumentando de tamanho à medida que me aproximava delas … quando ficaram gigantes e imponentes à minha frente constatei que não… não era aquele, ainda, o meu destino verdadeiro. Ao longe um casario….e mais uma vez senti que "- Estou lá, é ali!" mas a proximidade novamente demoveu a minha convicção… caramba mas o que falta ainda?....
De repente dei conta que do meu lado esquerdo se aproximava um lugar que me pareceu ser, irremediavelmente, o "tal"... "- É ali não há dúvida… será possível? É ali… é ali que está aquela casa que trazia na ideia encontrar...
"- Estou cansada, baralhada, mas aquela casa com alpendre... não acredito…"
Entrei passando e olhando para o alpendre quase sem o ver… lá dentro deparei-me com uma mesa antiga que sob uma toalha bordada de linho ostentava um grandioso banquete. Subi as escadas a correr e uma banheira cheia de espuma enfeitada e perfumada com pétalas de rosas, vermelhas, precipitou-se na minha direção… a ficção e a realidade misturaram-se. Ao lado da banheira uma cama e um roupão imaculadamente branco…. "- o que faço primeiro?" Desci as escadas procurei o alpendre, passei pela confortável cadeira de baloiço e encostei-me ao corrimão... o meu corpo escorregou involuntariamente pelas escadas e ali fiquei imóvel, sentada, sem tempo marcado e a pensar que sitio seria aquele ? ter-me-ei enganado?
...Fazer um trabalho de investigação não é uma tarefa simples, de todo. Comparo esta caminhada com um percurso de automóvel muito longo, atravessando uma gigante planície com o depósito provido de gasolina para palmilhar uma, bela, série de quilómetros. A travessia desse caminho não permite, inicialmente, perceber a distância a que nos encontramos da meta ….
Imaginei-me nessa estrada sob o calor tórrido de um dia de verão. Iniciei a minha viagem fresca e cheia de vontade de pegar no carro e seguir em frente, vislumbrando um momento apenas … a chegada. Com o objetivo centrado na meta estava longe de imaginar o caminho que tinha pela frente, sim porque impossível seria imagina-lo, uma vez que nunca o fizera antes…
E assim, com este estado de espirito dei inicio à minha viagem.
Janela aberta segui um bom par de quilómetros até as costas darem os primeiros sinais de, “pára um bocadinho que estás a precisar”. Cheia de animo fiz uma paragem breve pois não queria perder tempo. Dei duas voltas ao carro para desenferrujar as pernas enquanto fumava um cigarro e num instante fiquei pronta para arrancar. Continuei mais uma enfiada de quilómetros sentada na mesma posição e com o mesmo objetivo. A dada altura o meu corpo e a minha mente impuseram-se e mandaram-me parar por um tempo mais prolongado. A noite aproximava-se e já não me deixavam continuar. É preciso fechar os olhos e dormir. Mas esse sono, nesse dia, não foi tranquilo, foi irrequieto e pouco confortável, falta-me o conforto das rotinas que deixei para trás. Mas ainda assim dormi e acordei obstinada por seguir viagem. Afinal não é ali a minha meta.!Fui em frente com mais energia que no final do dia anterior, mas com menos que no dia antes do dia anterior. Continuei a viagem e esta rotina instalou-se por vários dias e perdi a noção da quantidade de quilómetros que ainda me faltava percorrer, assim como, dos que já tinha percorrido. Uma leve sensação de desespero surgiu quando ao fim destes dias me deparei com uma encruzilhada ali no meio do nada... E agora? Vou em frente, viro à esquerda? Bolas e agora? Estou cansada e não sei que direção tomar!… ainda por cima não há rede, o que faço? Tenho de decidir e decidi, vou para a direita parece-me, sabe-se lá porquê, que será mais sensato… vamos confirmar com o mapa.. uiiii não encontro o mapa e como não sei, ao certo, onde estou não me serve de muito! Mas ainda assim arrisquei…. Insegura segui o caminho que me pareceu mais correto….. Algumas horas depois passa por mim um carro e alguém com um sorriso amistoso e tranquilo sorriu e acenou-me com a cabeça e … aquela simpatia ajudou-me a seguir em frente, mais ainda, quando perguntei se estaria no caminho certo e me confirmou dizendo “ acho que sim, continue”. Fiquei tão feliz que segui respirando fundo com uma estranha sensação de alívio fazendo querer que a energia inicial da viagem houvera voltado…
Lá segui e lá me deparei, inúmeras vezes, com encruzilhadas. Aleatoriamente fui escolhendo caminhos à medida que se cruzavam no meu percurso. De vez em quando outros rostos sorridentes, amistosos e tranquilos passavam por mim e acenavam com a cabeça, mas o cansaço começava a pesar. As noites desconfortáveis e intranquilas sobrepunham-se, em catadupa, e cada vez mais ansiava o final do percurso... neste momento só, e apenas, com o objetivo de descansar e tomar um duche relaxante. Alturas houve em que o calor e a dor nas pernas daquele movimento repetitivo do acelerador era tão grande que a vontade de voltar para trás começava a ser cada vez mais real… mas se não sei onde estou como poderei ponderar voltar atrás? Já que cheguei aqui o melhor é seguir em frente… segui em frente e a muito custo fui avançando graças à amabilidade dos escasso condutores que se cruzavam comigo. Alguns davam-me água quando a sede apertava e as minhas reservas há muito tinham chegado ao fim… sentia-me cansada, esgotada, transpirada e com a roupa suja e pespegada de pó. O meu cérebro já só em delírio vislumbrava o caminho que tinha deixado para trás e como que em sonho imaginava o que iria encontrar no final. Entre esses momentos de delírio e sonho surgiam momentos de lucidez que me permitiam pensar, “já falta pouco, já não devo estar longe depois de tantos kilometros percorridos já devo estar mesmo a chegar…”
Perdida na imensidão dessa viagem eis que me surge, a dada altura, alguém que me sorriu amavelmente à semelhança dos anteriores condutores. Mas desta vez, este alguém falou.. era alguém sábio que me levou consigo para debaixo de uma árvore solitária e pela primeira vez, depois de muito andar, senti a leveza de uma brisa, fresca, com cheiro a erva molhada e que me incitou na memória uma perfeita sensação de paz, aquela paz que há muito havia perdido. As palavras sabias foram poucas “não desista, o caminho esta certo, ainda faltam alguns quilómetros mas se forem bem conduzidos a sua meta será alcançada brevemente, avance sem medo. Mesmo na reta final e apenas por estar muito cansada, irá pensar que pequenos obstáculos do caminho são montanhas intransponíveis… mas nessa altura lembre-se desta conversa e imediatamente essas montanhas se transformarão em pó. Esse pó será, apenas, mais uma serie de partículas, dessas muitas, que a sua roupa suja acumula e que terá de lavar no final da caminhada.
Foi bem verdade o que disse o sábio… o restante caminho foi difícil, a insegurança ainda a reinar, os obstáculos a surgir. À medida que ia chegando, a sensação de obstáculos intransponíveis ia crescendo e quase derrubava todos os conselhos do Sábio. Tudo nesta altura era uma certeza não absoluta…já sem folego, doente de cansaço e sem força para carregar no acelerador comecei a vislumbrar umas torres de betão, minúsculas, que iam aumentando de tamanho à medida que me aproximava delas … quando ficaram gigantes e imponentes à minha frente constatei que não… não era aquele, ainda, o meu destino verdadeiro. Ao longe um casario….e mais uma vez senti que "- Estou lá, é ali!" mas a proximidade novamente demoveu a minha convicção… caramba mas o que falta ainda?....
De repente dei conta que do meu lado esquerdo se aproximava um lugar que me pareceu ser, irremediavelmente, o "tal"... "- É ali não há dúvida… será possível? É ali… é ali que está aquela casa que trazia na ideia encontrar...
"- Estou cansada, baralhada, mas aquela casa com alpendre... não acredito…"
Entrei passando e olhando para o alpendre quase sem o ver… lá dentro deparei-me com uma mesa antiga que sob uma toalha bordada de linho ostentava um grandioso banquete. Subi as escadas a correr e uma banheira cheia de espuma enfeitada e perfumada com pétalas de rosas, vermelhas, precipitou-se na minha direção… a ficção e a realidade misturaram-se. Ao lado da banheira uma cama e um roupão imaculadamente branco…. "- o que faço primeiro?" Desci as escadas procurei o alpendre, passei pela confortável cadeira de baloiço e encostei-me ao corrimão... o meu corpo escorregou involuntariamente pelas escadas e ali fiquei imóvel, sentada, sem tempo marcado e a pensar que sitio seria aquele ? ter-me-ei enganado?
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
post sem nome ...
Acordei com a sensação compulsiva de que tinha coisas e coisas e mais coisas que fazer... e fiz.... todas as que pensei fazer e mais umas quantas que não estavam no programa... mas ainda assim.... caramba!!!! ainda assim, não chegou! Desliguei o meu interruptor com um vazio amargo. Com a sensação de que quanto mais fiz mais precisava fazer... há trabalhos que não têm fim!!!!
este meu trabalho não tem fim... ninguém me ensina a encontrar o fim e eu desesperada vou correndo desenfreadamente, sem rumo para parte nenhuma...
hoje estou ja desligada do meu interruptor... mas desperta e envolta numa frustração que me provoca o pior dos sentimentos... ou pior ainda, a pior das manifestações sentimentais ... "desisto"!
quero desistir ... posso dar-me a esse luxo?
segunda-feira, 28 de março de 2011
Este slideshow vai ter um texto...
This free scrapbooking design generated with Smilebox |
A coisa que mais queria era ter um ou uma irmã, até dizia que fugia para casa dos meus amigos que tinham uma casa cheia deles no natal!!!....
Bem sei que nunca tive irmãos , bem sei que não faço ideia do que significa partilhar a mesa, a cadeira, o quarto a cama a mãe o pai, os brinquedos e tudo e mais alguma coisa, e odiar e amar varias vezes por dia a mesma pessoa… até as tristezas e as alegrias há quem diga que partilham… se assim é ou não , pelo menos debaixo do mesmo tecto, eu não poderei saber. ..No entanto desconfio… e desconfio porquê?????
Primeiro porque a vida trata sempre de nos compensar de uma qualquer desgraça que nos acontece, eu tenho esta teoria com provas comprovadas :)
A verdade é que me ofereceu, de bandeja e sem ser preciso procurar, pessoas maravilhosas que considero irmãos e irmãs apesar de nenhuma delas ter comigo vivenciado esse rol de partilhas caseiras que descrevi em cima… partilhamos outras coisas , muitas outras, boas e más, momentos que possivelmente com irmãs ou irmãos não viveria…
… no entanto, ouve uma honrosa excepção no meio desta graça e desgraça que a vida me proporcionou… a coisa mais parecida com irmã que tive, por ser do mesmo sangue e por partilhar comigo, debaixo do mesmo tecto, as tais desventuras e aventuras dos irmãos… foi a Cidinha.
A verdade é que a malta a partir de uma certa idade é parva e sabe-se lá porquê!!! de repente vai à sua vida e as pessoas importantes ficam guardadas numa caixinha (como diz sabiamente a minha amiga Leninha), e pouco ou nada nos lembramos delas… que parvoíce, mas acontece e pronto!!!... contra fatos não há argumentos, nem vale a pena argumentar!!!… se o fizéssemos, estaríamos a enterrar-nos cada vez mais na parvoíce…
No meio desta parvoíce, toda, aparece uma coisa chamada facebook que parece o antigo programa de encontros e reencontros da Fátima Lopes… e plimmmm!!!! como por magia, ao simples toque de um clique, surge um rol de emoções contidas e não vividas e parece que a pessoa que perdemos como se para o outro lado do mundo tivesse ido (quando afinal era só ligar a umas quantas tias e pedir o telefone…) surge de novo na nossa vida despertando emoções fantásticas, vontade de perguntar e saber, e conhecer e ver e ouvir e abraçar…
Este slideshow é para ti minha querida amiga e prima Cidinha :)
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Pois é...

Foi natal, foi dia de aniversário e o ano chegou ao fim.
Esta fase para mim, é muito mágica, entro numa dimensão surreal. Fico dormente, desperto para um sono que me embala e me parece real, um mundo mágico onde tudo é perfeito.
... Esse meu outro mundo é povoado com arvorezinhas, corações de xadrez, velinhas, bolas lindas, penduradas nos galhos secos ou verdes das árvores que, com muita vontade, procuro. Começa a magia a partir do dia em que me cheira a natal. Esse cheiro envolve a minha imaginação e provoca um rebuliço de ideias que rolam em catadupa, deixando-me zonza sem saber o que devo, ir a correr, fazer primeiro... a ponte de ligação entre a fantasia, o mágico e a realidade, são os pontos de luz, uma coisa imprescindível, para mim, nesta época do ano: muitas luzes. Luzes amareladas, quentes como vi na Alemanha e nos filmes de duendes de domingo à tarde. Aquele amarelo quente que dá o ambiente dos contos de fada. Nesses dias em que ando embrenhada nas decorações e que me deixo levar pelo tal espírito que me transforma, outro dos pontos de passagem para o lado de lá, é a música. Desde manhã à noite o meu cérebro é totalmente preenchido por acordes natalícios, cantados das mais variadas maneiras, estilos e géneros … faço a minha filha tocar a “Noite feliz” no Oboé vezes sem conta, e quando faço uma pausa, lá vou eu acompanhá-la ao piano, ainda que, não sendo pianista, desenrasco aquele acompanhamento pimba, dó - sol e sol - dó e pronto… até assim fica lindo de morrer e natalício de morrer…
No dia de aniversário, apesar de não ter grande vontade de fazer mais anos, a verdade é que, sendo um dia nosso e talvez por isso, sinto sempre que alguma coisa especial pode acontecer. Nunca acontece nada de especial, trabalho que nem uma moura. Todos aqueles que me podiam fazer companhia trabalham que nem uns mouros, mas o facto de os meus filhos acordarem, me darem um abraço apertadinho e dizerem parabéns mamã, és linda… faz a diferença.
Nos dias normais das nossas vidas corridas, não se faz tempo para parar ou para ouvir certas e simples palavras que fazem toda a diferença… parece que nesse dia estamos mais atentos aos pormenores encantados da vida… é bom, ler, ouvir, escutar e receber tudo o que os amigos e a família, nesse dia, têm para dizer… essa magia prolonga-se até ao natal. E até lá desenrola-se um gráfico com picos… depois do pico mais alto do dia de aniversário, a linha desce um pouco até ao inicio das comemorações de natal, aí vai subindo, subindo, subindo até atingir um limite sem limite. No culminar desse pico começa uma descida vertiginosa barrada de nostalgia, uma nostalgia escorregadia onde cada momento é marcado por uma mistura, alternada, de satisfação e insatisfação. Pequenas nuances de chamada à terra e à realidade dura e crua do dia-a-dia que não me tem apetecido viver, vão-se misturando gradualmente com os, ainda, pontos de magia que teimam em fazer-se sentir, por estarem tão acomodados no fundo do meu mais profundo querer.
Esta fase para mim, é muito mágica, entro numa dimensão surreal. Fico dormente, desperto para um sono que me embala e me parece real, um mundo mágico onde tudo é perfeito.
... Esse meu outro mundo é povoado com arvorezinhas, corações de xadrez, velinhas, bolas lindas, penduradas nos galhos secos ou verdes das árvores que, com muita vontade, procuro. Começa a magia a partir do dia em que me cheira a natal. Esse cheiro envolve a minha imaginação e provoca um rebuliço de ideias que rolam em catadupa, deixando-me zonza sem saber o que devo, ir a correr, fazer primeiro... a ponte de ligação entre a fantasia, o mágico e a realidade, são os pontos de luz, uma coisa imprescindível, para mim, nesta época do ano: muitas luzes. Luzes amareladas, quentes como vi na Alemanha e nos filmes de duendes de domingo à tarde. Aquele amarelo quente que dá o ambiente dos contos de fada. Nesses dias em que ando embrenhada nas decorações e que me deixo levar pelo tal espírito que me transforma, outro dos pontos de passagem para o lado de lá, é a música. Desde manhã à noite o meu cérebro é totalmente preenchido por acordes natalícios, cantados das mais variadas maneiras, estilos e géneros … faço a minha filha tocar a “Noite feliz” no Oboé vezes sem conta, e quando faço uma pausa, lá vou eu acompanhá-la ao piano, ainda que, não sendo pianista, desenrasco aquele acompanhamento pimba, dó - sol e sol - dó e pronto… até assim fica lindo de morrer e natalício de morrer…
No dia de aniversário, apesar de não ter grande vontade de fazer mais anos, a verdade é que, sendo um dia nosso e talvez por isso, sinto sempre que alguma coisa especial pode acontecer. Nunca acontece nada de especial, trabalho que nem uma moura. Todos aqueles que me podiam fazer companhia trabalham que nem uns mouros, mas o facto de os meus filhos acordarem, me darem um abraço apertadinho e dizerem parabéns mamã, és linda… faz a diferença.
Nos dias normais das nossas vidas corridas, não se faz tempo para parar ou para ouvir certas e simples palavras que fazem toda a diferença… parece que nesse dia estamos mais atentos aos pormenores encantados da vida… é bom, ler, ouvir, escutar e receber tudo o que os amigos e a família, nesse dia, têm para dizer… essa magia prolonga-se até ao natal. E até lá desenrola-se um gráfico com picos… depois do pico mais alto do dia de aniversário, a linha desce um pouco até ao inicio das comemorações de natal, aí vai subindo, subindo, subindo até atingir um limite sem limite. No culminar desse pico começa uma descida vertiginosa barrada de nostalgia, uma nostalgia escorregadia onde cada momento é marcado por uma mistura, alternada, de satisfação e insatisfação. Pequenas nuances de chamada à terra e à realidade dura e crua do dia-a-dia que não me tem apetecido viver, vão-se misturando gradualmente com os, ainda, pontos de magia que teimam em fazer-se sentir, por estarem tão acomodados no fundo do meu mais profundo querer.
Helena acorda já é manhã… levanta-te, veste as crianças, faz o pequeno-almoço, arranja os lanches e mete-te a caminho por essa estrada fora … ah e não te esqueças da pasta…
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Finalmente sinto o cheiro a descanso ...
quem já me conhece sabe que eu não gosto de praia, mas pelos meus filhos, vou,
obviamente que vou ... (até já fiz um post sobre este meu ódio de estimação). Arranjo sempre mil e uma estratégias para passar tempo enquanto lá estou ... AQUILO DE ESTAR AO SOL não é, de todo, para mim ... passado meia hora estou a "bufar" por todos os lados, ou porque tenho calor, ou porque tenho frio, ou porque odeio a gordura dos protectores nas mãos, ou porque odeio areia ... ou porque e SOBRETUDO, não tenho lá nada para fazer!!!
Até para ler, meu Deus! primeiro que encontre uma posição, é preciso rogar mil pragas até conseguir ler sem a interferência do Sr. sol, sem ficar "olheta " a ler só com um olho ... é um inferno ... não calculam ,é que até com os óculos de sol, estou sempre a pensar que depois fico com duas bolas brancas à volta do olhos e não consigo desligar deste pensamento ... quando finalmente estou pronta para fazer qualquer coisa ... vem o meu filho todo contente e varre uma tempestade de areia para cima de mim e do meu creme bronzeador, (efeito croquete) , para cima da minha toalha que tinha conseguido manter completamente limpa de qualquer grão de areia e pior que isso tudo ... para cima dos meus cabelos.... nem imaginam o que sinto ,quando penso que, tenho areia no cabelo!!!! até fico arrepiada, com os dentes a ranger, só de imaginar... faz-me mesmo , mesmo impressão ...
Este ano parece-me que a água está com uma bela temperatura ... já me consegui enfiar lá dentro e só sair passado uma hora ... coisa rara pelas bandas da Costa Vicentina.... espero que se mantenha... se não for andar dentro de água e ler, não estou a ver mais nenhuma actividade que me ajude a passar o tempo ...
Coloco os fones e leio, tiro os fones e estou na água e "vira o disco e toca o mesmo"...
Ora bem, mas este ano a coisa mudou de figura ... eu sou uma grande apologista da mudança... acho bem mudarmos, acho aliás, fundamental mudarmos ... e sou sempre muito, muito receptiva à mudança ... é então com grande alegria que constato que se está a dar uma mudança enorme na minha pessoa no que toca a gostos e desgostos e preferências e maluqueiras e manias ... este ano estou a transformar-me numa pessoa normal, daquelas que gostam de estar na praia e que até se "manda" para a areia sem qualquer pudor .... ele há coisas !!!! ... espero que esta nova faceta se mantenha , sobretudo para meu bem e também para bem das crianças... a ver se deixo de torrar a paciência ao pessoal sempre a resmungar que estou farta ....
Estou tão contente por estar a gostar de praia que tive de partilhar com o mundo ahahahahahahahhahahahahaha ... ou é da idade , ou é do cansaço !!!!
terça-feira, 21 de julho de 2009
Ensino articulado ... onde isto já vai!!!

ás vezes como pais há coisas que nos vão surpreendendo, sobretudo quando mexem com o bem estar dos nossos filhos...
Eu e mais umas quantas mães temos andado indignadas. Segundo a Portaria 691/2009 "Os cursos básicos de ensino artístico especializado de Dança e de Música criados no presente diploma e os planos de estudo nele aprovados harmonizam as diferentes componentes curriculares e permitem a diversidade de ofertas formativas de ensino artístico especializado, tomando, simultâneamente, em consideração a necessidade de todos os alunos poderem desenvolver as competências essenciais e estruturantes relativas a uma educação básica dentro da escolaridade obrigatória.
Eu e mais umas quantas mães temos andado indignadas. Segundo a Portaria 691/2009 "Os cursos básicos de ensino artístico especializado de Dança e de Música criados no presente diploma e os planos de estudo nele aprovados harmonizam as diferentes componentes curriculares e permitem a diversidade de ofertas formativas de ensino artístico especializado, tomando, simultâneamente, em consideração a necessidade de todos os alunos poderem desenvolver as competências essenciais e estruturantes relativas a uma educação básica dentro da escolaridade obrigatória.
Pois... segundo esta legitima sentença impõe-se que os comportamentos sejam coerentes nomeadamente por parte das escolas.... havendo crianças vocacionadas para o ensino das artes, fará sentido aproveitar o que de bom nos trás a nova legislação... (de bom e de mau, porque afinal o ministério continua a mandar cá para baixo aquilo que nem sonha se poderá ser viável ou não, lançando ás feras uma politica economicista, que trás sem duvida benefícios , mas poucos, para os realmente interessados.... mas enfim, este seria outro assunto a desenvolver noutro capitulo Képia).
A nossa indignação vem a propósito do desrespeito e/ou falta de sensibilidade com que algumas escolas trataram o assunto ... e concretamente vou relatar na 1ª pessoa o episódio que me fez escrever este post.
A minha filha estuda música no Conservatório desde os 4 anos de idade.Não só pelo facto de que, isso me deixa muito feliz, mas sobretudo porque ela ADORA e foi com muita determinação que escolheu o Oboé como instrumento de eleição. (Não sei se será legitimo ela apenas com 10 anos estar já a fazer uma escolha tão definitiva em relação ao currículo que irá seguir, no que diz respeito as suas escolhas futuras, visto que, com esta nova legislação as crianças no 7º ano irem ter uma significativa redução na carga horária, nomeadamente em disciplinas fora do âmbito artístico... mas isso seria também um outro assunto a pensar e a referir num outro post ehehe).
Ora atendendo a esta pequena /grande convicção da minha filha, vi-me confrontada com um contratempo que não estava à espera. A escola onde a minha filha frequentou o 1º ciclo,(escola Joaão Roiz de Castelo Branco) decidiu que não iria assinar lá os devidos protocolos com o Conservatório não dando outra opção aos pais, senão mudarem os seus pupilos de escola...
Eu penso que o facto de mudar uma criança de escola não é uma decisão que se tome de ânimo leve, por todas as questões praticas, económicas e sobretudo emocionais que acarreta... e é aí que manisfesto a minha indignação para a falta de sensibilidade com que a "escola da minha filha", (era assim que a definíamos", tratou este assunto tão delicado, afinal a escola tomou a sua decisão e os pais realmente interessados não foram "tidos nem, achados" nessa tomada de decisão..... pois é verdade são apenas 16 crianças e o que é isso para uma escola onde a falta de alunos não é sequer problema ;), a verdade é que alguns desistiram pelo caminho e talvez para não quebrarem laços, ou talvez porque quando valores mais altos se levantam as escolhas realmente importantes tenham que ficar para segundo plano... Eu não... eu mudei de escola a minha Oboista, para que ela possa seguir o seu sonho até o coração dela mandar!....
sábado, 11 de julho de 2009
Eu QUeRo ...

As vezes acordamos e está sol, mas dentro de nós está a trovejar... nesses dias pensamos onde está o direito a fazer o que nos apetece??? hoje não me apetece trabalhar ... ou melhor, hoje não me apetece ir , nem vir, nem estar, nem ser, nem dar, nem ter , e muito menos dever fazer...
Hoje quero um Baú para guardar dentro dele aquelas caixinhas que temos de fechar porque não podemos simplesmente abrir ... sonhos, desejos, os não querer fazer e os não querer ser, e os não querer vir, nem ir... que tomam conta da nossa vida sem nos consultar...
É difícil ser gente ... sobretudo quando ser gente é tão fácil!!!!!!
truz... truz ... será que posso ir tambem lá para dentro desse baú??? só 3 dias?????? vá lá!!!!!
sábado, 20 de junho de 2009
Estou Exausta...
não vos consigo visitar...
nem quaseeee fazer, mais milhares
de coisas que ainda tenho para
fazer...
o que faço?????????????
até, espero que, breve ...
domingo, 12 de abril de 2009
Composição: "A minha Pascoa", ahahahahah...

Gosto da Pascoa...
não pelos ovos, não pelos coelhos de chocolate, porque porcarias dessas já eu como demais o ano inteiro. As épocas festivas são apenas mais um pretexto para a nossa gula... (eu nem sou assim de gostar muito de comer), mas a verdade é que me deixo embalar e vou sempre na onda atrás de toda a gente, como tal , passo a vida a comer porcarias...
Gosto da Pascoa...
não por atender ao significado católico , ou não que lhe está associado, porque tb não sou uma grande praticante da religião...
Gosto da Pascoa...
sim, porque é nessa altura que descanso uns dias ...
que me levanto mais ou menos à hora que quero,
porque tenho tempo para por em dia as mil e uma coisas que não faço nos períodos normais de ano em que trabalho que nem uma moura...
Gosto da pascoa ...
também porque revejo os meus queridos amigos estão fora da cidade e nesta época regressam para estar com a família e connosco e passamos sempre uns belos bocados, em casa, em jantaradas, ou nas esplanadas, sim... porque normalmente na pascoa o tempo permite umas belas tardes de esplanadas...
Gosto então da pascoa porque nessa altura eu sinto que vivo sem stress ao contrario de todos os outros períodos de festividade ... No Natal é ( apesar de adorar o natal) é sempre uma correria, porque se festeja cá em casa, parece sempre que não temos tempo para preparar tudo, depois o tempo não ajuda muito porque chove e os miúdos tem que ficar em casa fechados tornando-se chatos, implicativos e peganhentos ahahahah...
O Carnaval nem falar.... o Carnaval é uma período que para muita gente é alegria, diversão e até um modo de se tornarem naquilo que gostariam de ser o resto do ano... Não gosto... não gosto das mascaras, precisamente e talvez por serem isso mesmo ... mascaras...Não gosto de disfarces , talvez por isso mesmo, por serem disfarces....não gosto de euforia... de multidões... de confusão....
gosto cada vez mais de tranquilidade de paz, de viver bons momentos com quem realmente gosto, sem estar a pensar que estou a fazer algo simplesmente por fazer... aproveitar todos os momentos todos os pormenores é o melhor que levamos da correria das vidas que temos....
Foi boa a minha Pascoa :)
o estar com a família,
o rever, estar e desfrutar da companhia de bons amigos,
a tarde com a minha amiga AP,
divertir-me com meus filhos, nas coisas deles,
poder sair de casa à hora que me apeteceu e vestir simplesmente uma t shirt e umas calças de fato de treino...
"esplanadar"...
a já habitual troca ao vivo com a minha amiga Paula dos Blogs :) ...
acordar e fazer "bricolages"...
muitos mais pormenores fizeram da minha Pascoa :) uma Pascoa feliz ...
espero que a vossa tenha sido como a minha!
sábado, 31 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Renascimento...

Estou farta deste blog... e sobretudo constato que é muitoooooooo pouco comentado mas muito visitado, o que me faz deduzir que não terá grande interesse. Logo,
vou convertê-lo! vou colocar o problema ao contrário e mudar o seu carácter ...
Vou começar a colocar imagens,
só imagens ou só pequenas frases que me venham á cabeça, ou ainda , outras interessantes que vou lendo por aí nos livros..... para que sejam vocês (pessoas que me visitam), a comentar....
e aí, fico a ver se será falta de interesse , ou se será que as pessoas de facto não estão para se por a trocar e/ou debater ideias sobre assuntos ;)
Para mim um Blog só faz sentido se tiver vida ...
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Por falar em Espirito de Natal...

Não gosto de Lamechices, estas coisas dos presentes e de todos sermos bonzinhos no natal e pensarmos nos pobrezinhos enjoa, natal deveria ser todos dias mas enfim, tambem já passei a idade de filosofar sobre estes assuntos podres da humanidade e achar que com as minhas teorias posso mudar o mundo...
Mas, algo este natal me chocou... tento por tudo, passar aos meus filhos a imagem bonita do natal, o estar reunido com a família, não ao consumismo, não às mensagens de natal solidarias que só surgem nesta época e o resto do ano são esquecidas e passamos, (salvo seja), todos por cima uns dos outros)
a minha filha, penso que já captou a mensagem, mas fiquei muito triste comigo porque com a falta de tempo que temos e/ou porque ,com o segundo filho, já não pensamos tanto obcecadamente no que temos de fazer, somos mais descontraidos, acho que nos esquecemos de ir incutindo este espírito no Manel ...
fiquei verde com a resposta que o garoto me deu, quando lhe perguntei o que significava para ele o natal?
"O Natal é uma altura em que as pessoas dão presentes mais caros uma às outras porque o pai natal é rico :Z :Z :Z :Z
A minha convicção de que poderei ser uma mãe normal foi por agua abaixo :Z...
então eu esqueci-me de lavar o cérebro com aqueles conceitos certinhos ao miudo????
Pois!!!!! mas foi ... de tal modo, que quando me viu indignada me perguntou "então mãe não é verdade????"
:Z bom, vamos repor o erro, aulas de cidadania há hora de deitar... a ver se remedeio o erro gravissimo que como mãe estou a cometer...
Não!!! é que não há receitas nem moldes, e a malta educa em fases diferentes, criaturas diferentes....
Educar é tão dificil caramba....
Lembra a alguém esquecer-se de uma coisa destas?????
Ainda bem que levamos a coisa a rir... porque se nos desse para dramatizar havia de ser lindo!!!!
As pessoas erram precisamente por seram pessoas... e educar é uma sequência de erros e remediações dos erros... aliás nunca sabemos ao certo se erramos e ou se estamos a remediar bem....
precisam-se professores para ensinar pais a educar????
Socorro
ou precisa-se uma bimby que facilite a mistura dos ingredientes da educação
ou precisa-se "lembrometro" para que não falhe nada...
Quem atira a primeira pedra?????
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