quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Acerca da minha última literatura de cabeceira e não só!


Há muito tempo que não comentava sobre o que ando a ler
Acabei agora um pouco antes do natal estes quatro livros , que lia mais ou menos ao mesmo tempo… bem estou mesmo a ver vocês dizerem “esta passou-se, que raio de literatura tão surrealista lhe deu agora para ler".
E foi mesmo, 4 tiros quatro melros, como se costuma dizer, cada um menos a ver com o outro mas teve que ser assim porque a minha fase era assim.
Então vou deixar aqui um comentário ou parecer meu sobre a surrealista escolha que fiz.
Bem, vou começar pelo Harry Potter, porquê e o que penso deste livro?
Pois bem! muito simples…não penso nada, não tenho paciência nenhuma para o Harry Potter mas é muito bom para eu treinar o meu inglês porque a historia prende, é de bruxas fantasmas e monstros e escolas o que dá uma mistura de temas mesmo bons e fáceis para se treinar inglês :). No final do livro fico na mesma, aliás, estou sempre desejando acabar, porque não estão bem a ver a saga que é, eu a ler inglês….
Volto para trás 100 vezes, até finalmente perceber o sentido da frase. Mas um bom truque para ler Inglês é esse precisamente, deixar-mos de lado a tradução à letra e
apostar apenas no sentido das frases, repetindo-a alto as vezes necessárias dentro do contexto em que está inserida… agora imaginem a saga que é… lolol
Pronto está explicado, quanto ao livro não é de todo o meu tipo de literatura mas o mérito seja atribuído a quem de direito a senhora é brilhante, ou foi brilhante… agora já é sempre tudo igual…

“inquietos, distraidos,diferentes " da Colecção Educadores. Estou a ler porque imaginem vocês, que andava com fome de saber sobre essas crianças, porque há uns tempos atrás fui a um médica que me disse que eu sofria de hiperactividade o que não me espantou nada, mas o sintoma pior ou a manifestação pior dessa coisa que me detectaram é uma outra doença que se chama “Gilles de la Tourette” . (muito fino por sinal), e que me tem deixado descompensadíssima ultimamente e que para vocês não se assustarem e pensarem que estou a morrer, passo a explicar que tem a ver com mil e quinhentos tiques nervosos…. Maníaca mesmo…
Como tal resolvi informar-me via net, via livro via tudo o que me tem aparecido á frente, pois constato cada vez mais que de facto os sintomas têm tudo a ver.
Desde pequena, que diziam à minha mãe que eu era uma criança com muita vida. Não se usava essa modernice da hiperactividade provavelmente…
Bem, agora estou á espera de uma consulta a sério para resolver a coisa, porque a medica que me diagnosticou tal maleita foi uma homeopata e um amigo meu medico “normal”,mandou-me ter juízo e procurar um especialista à séria, uma vez que para os médicos “normais “ isso da homeopatia é algo completamente contra a religião deles. O que eu entendo perfeitamente apesar de achar que a doutora homeopata me disse coisas bastante interessantes…. No entanto deixo aqui uma ressalva… todos os educadores, pais professores auxiliares, todo o pessoal ligado de alguma maneira, à educação de crianças, deveriam ser obrigados a ler este pequeno livrinho.

“Morrer em Paz” do Dalai Lama… este foi-me emprestado por uma amiga minha muito ligada aos assuntos espirituais que me aconselhou a ler, porque acha provavelmente e com toda a razão que eu ando a ficar paranóica com esta coisa de ter 40 anos, e de não andar a perceber nada de umas mudanças que andam para aqui a acontecer e de ter pânico quase doentio da morte… eu adorava viver naquelas civilizações tribais onde morrer é uma ”ganda festa” e o pessoal bebe muitos copos e dança muito e fica muito contente porque o outro morreu. Eu gostava seriamente de pensar assim e mais… ensinar os meus filhos a ser assim….
e de facto , no fim de ler alguns capítulos, não todos, não consegui ler tudo, porque a meio perdi-me com tanto espiritualismo e não estou capacitada para perceber certas coisas já muito mais profundas a esse respeito, para além de que em relação a alguns destes assuntos sou um bocadinho céptica…
mas cá está mais ouro tema que daria pano para mangas….. acreditem ou não desmistifiquei um pouco esse meu quase doentio medo da morte.

“O Lado Escuro do Amor” de Jane G. Goldberg, um livro que encontrei no Jumbo à venda, que é como os comprimidos “Melhoral não faz bem nem faz mal”…. Mas gostei de ler ainda assim porque há pequenas questões sobre o tema que são tão obvias tão obvias que nem nos damos conta de que ocorrem e que é perfeitamente normal acontecerem, e muitas vezes culpamo-nos sem nos aperceber-mos bem do porquê de tais culpas e de ter tais sentimentos. É um livro curioso que não acrescenta muito á nossa vida mas põe-nos a reflectir e questionar determinados pormenores que até são bastante importantes… em alturas em que as coisas deixam de nos passar ao lado, que a uns acontece mais tarde, a outros mais cedo…
E pronto, para tudo há fases na vida, e eu agora tive uma que me deu para isto…

Agora depois do Natal vou retomar a saga, agora é Gonzallo Torrente Ballester "O Prazer e as Sombras" a Macati falou-me nisso e nunca mais descansei lolol nunca mais conseguia comprar, afinal era tão fácil como procurar na Difel :Z :Z e já os tenho , mas.... Manela tenho que começar pelo 2 porque o 1 está esgotado será que dá para entender depois o encadeamento????

Bom, então até ao próximo parecer :) :)

12 comentários:

macati disse...

aiaiaiai!
nao comeces... é muito important comçar pelo 1 para perceberes a importancia de cada persnagem... vão faltar-te muitas referencias importantes para perceber e valorizares as personagens! se for a uma fnac vou ver se encontro o 1 e ofereço-te! promete k nao comças e se começaste PÁRA JÁ! hehehe
bjnh

Porcelain disse...

Eh, eh, eh... não acho nada a sua leitura surealista, menina... para mim é uma leitura absolutamente comum, desculpe lá... as far as I'm concerned(agora já lhe posso falar assim!! :-D)...eu acho magnífico da sua parte não gostar do Harry Potter, porque uma pessoa andar por aí a gostar do Harry Potter e de literatura fantástica e depois toda a gente dizer que gosta é verdadeiramente uma seca e uma grande falta de originalidade... desde que, por outro lado, não se tenha de assistir ao habitual preconceito quanto a este género de literatura - a literatura fantástica - (de que eu ontem te falava) - só porque apela muito à imaginação e normalmente não se está cá com merdas de trocadilhos de linguagem, é tido como um género menor... de menor qualidade, digamos... para mim o ideal é que pouca gente goste verdadeiramente, se nã vulgariza-se e não há paciência. Logo, o ideal, é assim como tu fazes, não gostas, mas lês, porque ao comprares o livro (sei que este não é o teu caso) sempre estimulas o mercado e levas a que haja mais oferta dentro deste género... mas não perdes a tua originalidade de não gostar nem os que gostam perdem a sua originalidade de gostar... eh, eh, eh... Aaaah! É verdade... saiba a menina que percebe muito pouco de Harry Potter... e também não deve ser seu objectivo perceber, eh, eh, eh... mas os livros estão a MILHAS de ser todos iguais... para mim, é das poucas autoras (e autores também) que conseguiu um grande sucesso e depois não só conseguiu manter o nível de qualidade dos livros, como foi melhorando muito à medida que progredia na colecção, tornando os enredos mais complexos, as personagens e os seus dilemas mais complexos também, e os perigos mais perigosos... de facto, o primeiro livro que li, foi o Harry Potter e a Câmara dos Segredos e depois é que li Harry Potter e a Pedra Filosofal... senti que houve um decréscimo de uma para a outra, achei que o Harry Potter e a Câmara dos Segredos era bem mais emocionante que o outro... felizmente, trata-se de um contexto com o qual um bom número de pessoas não se identifica; que as pessoas não gostem, acho fantástico, agora que falem em livros de leitura "fácil" (designação pejorativa) ou sejam preconceituosas, já é outra conversa. Isto está a ficar gigantesco, é melhor eu repartir isto por 550 mil (estás tramada omigo, garota... :-D)!!!

Porcelain disse...

Boa, boa, esse teu estratagema... eu também o uso, não nos livros em inglês, mas nos livros em prtuguês de que gosto menos... às vezes tenho mesmo só curiosidade para saber o que consta deste ou daquele livro e depois leio tudo tipo rodas de tractor só que depois descubro que aquilo que eu passei por cima afinal sempre fazia falta e depois lá tenho de voltar atrás e ler tudo outra vez, desta vez, como deve ser... :-Z Mas para aprender inglês, ao nível que eu desejo, pelo menos, em que tenho pretensões de vir a escrever como deve ser em inglês, não dá para fazer assim... por isso, já há anos que estou de volta do meu Harry Potter; leio um bocadinho, sublinho as palavras que não conheço e escrevo-as num caderninho; depois, estou umas horas de volta da net e dos dicionários a consultar significados... claro que, para não perder o fio à meada, antes tenho de ler a versão em português e vou lendo, vou sublinhando e só quando já tenho dois ou três capítulos todos sublinhados é que vou ver os significados... quando vejo uma frase de que gosto ou que acho interessante, escrevo-a também no caderninho... e, curiosamente, para conseguir aprender inglês, não conseguiria ler um livro de que não gostasse bastante... por outro lado, concordo contigo que este tipo de livros é bom para se aprender, porque usam poucos recursos estilísticos, o que nos facilita a tarefa de nos apercebermos do significado das frases...

Porcelain disse...

Acho que o problema das medicinas alternativas tem a ver com o facto de não serem tão analisadas, experimentadas nem tão questionadas como a medicina convencional porque advêm de medicinas tradicionais, milenares, que a sabedoria popular tem por bem não questionar e que se baseiam em pressupostos muito mais dogmáticos; daí eu acreditar que os métodos da meicina convencional sejam mais fiáveis... acho, contudo, que a medicina alternativa constitui precisamente uma alternativa que pode complementar a medicina convencional e não concordo com posturas conservadoras no que a isto diz respeito... vale sempre a pena verificarmos se outras ideias vindas de outros lados nos podem ajudar de alguma maneira... acho até que uma postura de abertura revela maior bom senso.

Porcelain disse...

Descobri que aquilo que eu pensava ser o síndroma de La Tourette (o nome é assim fino porque o médico que a descreveu era um neurologista francês), era, na verdade, "coprolalia" (diz lá, este nome ainda é mais interessante, eh, eh, eh...) que é, por assim dizer, uma variante da doença em que as pessoas, além de outros sintomas da síndrome, apresentam também a repetição involuntária e compulsiva de palavrões e insultos... eh, eh, eh... poooça!! :-)... tal seca... :-( A dizer palavrões, que seja voluntariamente e de preferência no contexto adequado!

Porcelain disse...

Eh, eh, eh... eu não sou muito ligada aos assuntos espirituais.. ;-) Eu estou é muito em contacto com a minha própria espiritualidade (coisa muito pessoal e intransmissível) e gosto de dar a ajuda que posso a quem me rodeia... mais nada... :-)

Porcelain disse...

Quem festeja a morte, é quem acredita em algo mais... coisa que acho que todos acreditamos, porque todos sentimos... porque tudo neste mundo funciona por ciclos e fins e começos são coisas que não existem em absoluto... só em relativo.. ;-) E isto não tem nada a ver com crenças (detesto essa palavra do "acreditar"), isto é filosofia pura, objectiva e racional. Não é uma questão de acreditar ou não, é como dizeres que não acreditas em História ou em Matemática; pode é ser um conhecimento para o qual a pessoa não está virada no momento, ou não lhe apetece, mas não é uma questão de crença ou descrença. É algo de objectivo, comprovado por métodos próprios. Eu, pessoalmente, sinto que a morte não deve ser em circunstância alguma festejada ou, pelo menos, não mais festejada do que qualquer outra coisa deva ser: é uma interrupção que representa uma perda energética; quanto a mim, se não tivéssemos de morrer ou se, pelo menos, controlássemos esse processo, seria muito mais interessante do que simplesmente morrermos... simplesmente e estupidamente, como "costumamos" fazer... e também já sabes a que é que eu acho que está ligada essa tua curiosidade, mas tu dizes que não... e quanto mais "céptica" (como se aqui existe material para cepticismos...) te apresentas, mais razão me dás... Que este não é um bom livro para perceberes seja o que for, não é, porque este explica como controlar o processo da morte através da meditação, controlando a reencarnação, coisa, de facto, muito "heavy", para quem não sabe meditar... até eu que tenho um ou outro conhecimento acerca de meditação, não percebo peva do que aí se diz...

Helena disse...

Agora fiquei com vontade de comprar o "Inquietos, Distraídos, Diferentes"... e sabes uma coisa? Essa doença dos tiques... eu acho que também tenho! Agora já nem tanto, mas enquanto fui pequena ia dando com a minha mãe em louca!!!
Bjs
Lena

APO (Bem-Trapilho) disse...

Eu tb sou louca assim de ler várias coisas ao mesmo tempo!!! e já fui pior! agora ando mais certinha, acho que por cansaço e falta de tempo mais do que por outro motivo qualquer! é que mal começo a ler adormeço, o que faz que um livro me dure imenso tempo, ao ritmo de meia página por noite!!!...
e acho que vou alinhar nesse dos inquietos e distraídos. é que a M. tem tb algo de hiperactiva, o pediatra já me avisou. tb ando de olho noutro de um psicólogo.
bjinhos e boa semana! :)

Maria Teresa santos disse...

Képia
Quando abri o blog e vi este texto tão grande, sou sincera desliguei logo. Mas como gosto sempre de ler os teus textos, voltei e como sempre adorei o que li.
Riu-me sempre dos teus textos, és sempre tão bem disposta a escrever.
Acho que transmites muito do que és (lembrando que só te conheço da net) nos teus textos e isso é bom, porque sinto que cada vez te conheço melhor.
É engraçado que o teu blog além de mostrar as tuas habilidades, agora fala de vários temas e as comentadores debatem e falam, acho o máximo.
Espero que continues
O teu blog faz-nos bem
Bjs
Paula

Porcelain disse...

Oh, pá, só ficaram os comentários de que eu fazia menos questão e não apareceu o do Harry Potter... nele, eu dizia-te que, como sabes, eu gosto muito do Harry Potter, acho que para ti é um estilo que não te diz nada, mas é naquela faixa de coisas em que nós, felizmente e saudavelmente, somos mesmo muito diferentes. Eu gosto muito de literatura fantástica e ainda o outro dia estive a conversar com a minha mãe a este respeito e a respeito de um certo preconceito que eu acho que há e que é daquelas coisas que as pessoas nem se apercebem, que considera este como um estilo menor, como se tivesse menos qualidade só porque, pela complexidade dos enredos, não se coaduna com escrita muito elaborada... acho que nós as duas também chegámos a conversar sobre isso... eu não concordo nada, porque acho tão valiosa a capacidade de escrever bem e de aplicar recursos estilísticos, como a imaginação necessária para inventar criaturas fantásticas e outras coisas que tais!!! Bjokaaaa!!

Képia disse...

Sim , há dias falamos sobre isso, mas sabes perfeitamente que a minha falta de entusiasmo pelo Harry Potter não tem nada a ver com isso,eu até gosto de literatura fantástica, mas nem tudo. O Sr. dos Aneis por exemplo lia e veria 10 vezes que não enjoava. O Harry Potter é um pouco infantil e/ou juvenil, e nem sempre tenho paciência para esse tipo de livro nesta fase. Devorei tantos livros na adolescencia para adolescente que talvez tenho chegado e passei é fase seguinte naturalmente. Bem sei que há muito adulto que devora ainda hoje literatura juvenil o que acho perfeitamente normal. a mim apenas não me tem apetecido não me faz vibrar não me diz nada, por agora. Não sei se daqui a um ano direi a mesma coisa. Poder-me-à voltar a vir a vontade. Isto nunca se sabe para que lado acordamos...
Agora não acho de todo um género menor de literatura, nem nunca me constou que alguem achasse, não sei de onde foste tirar essa ideia.
Bjocas